quarta-feira, 19 de junho de 2013

NÃO SE BRINCA COM A CARA DO POVO



            (Profº: Pós-Graduando: Eriberto Pinto)
 
Pois uma grande revolução

Está prestes a acontecer.

O nosso Povo descontente

Está cansado de sofrer.

 

São filas nos hospitais

O Povo sem ser atendido.

Mais não pode reclamar

Que é pra não agredido.

 

Escolas abandonadas

E não se pode falar.

Os salários dos professores

Logo ameaçam cortar.

 

Os alimentos são tão caros

Que mau se dá pra viver.

Ou se paga o aluguel

Ou se compra o que comer.

 

Violência e insegurança

Já viraram até rotina

Um ladrão pra cada pessoa

Um assalto em toda esquina.

 

Estradas com muitos buracos

Tantos mortos no asfalto.

E os preços do IPVA

É cada dia mais alto.

 

Desemprego e inflação

É sempre a capa do jornal.

E Povo que paga a conta

É chamado de marginal.

 

Só que dia a casa cai

Paciência chega ao fim.

E povo sai às ruas

Iniciando o motim.

 

Se o Governo não houve

O Povo grita sem parar.

Mesmo que todo um exercito

Tente o povo sufocar.

 

De repente já é tarde

Não se há o que fazer.

Pois é o POVO do BRASIL

Quem quer assumir o PODER...

(Profº: Pós-Graduando: Eriberto Pinto)

 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Latifúndio Miséria e Exclusão


Certa vez eu ouvi, em uma entrevista, do sociólogo Herbert José de Sousa (Betinho), que o Brasil é um país ocultista!

Eu converso que não entendi em um primeiro momento o que esse importante pensador quis dizer com o Brasil ser um país ocultista.

Ao passar pela disciplina de Geografia Agrária, eu tive acesso à outra versão dos movimentos dos trabalhadores rurais, MST, Sindicatos, Ligas e etc.

Na verdade cheguei muitas vezes a criticar as ações dos trabalhadores rurais, porque julgava que esses trabalhadores eram realmente um bando de “vagabundos”.

Ocorre que ao final da disciplina estava eu crente da importância da luta dos trabalhadores rurais no Brasil.

A imagem que eu tinha do MST, era a mesma que milhões de brasileiros têm. A imagem ditada pelo Estado e divulgada como verdade absoluta pela nossa mídia.

A final de contas que mal faz, alguém herdar de seus antepassados ou conquistar “honestamente” um pequeno latifúndio com alguns milhares de hectares de terra?

Hoje quando eu vejo alguns problemas sociais como; favelas, moradores de rua, o preço dos alimentos, a violência urbana etc.

Eu entendo porque O BRASIL É UM PAÍS OCULTISTA.
 
Resumo em alguns versinhos o problema do latifúndio no Brasil:
 
 
 

                
        
 
 
No Brasil a questão da terra
É um problema secular
E no estagio em que se encontra
É difícil solucionar
Pois quem tem um latifúndio
Não vai querer partilhar.
               
Analisando a História
Da nossa estrutura agrária
O Brasil foi dividido
Em capitanias hereditárias
Deram as terras para os nobres
Para os pobres as migalhas.
              
E daqueles tempos pra cá
Os problemas foram agravando
As terras nas mãos da elite
Foram se concentrando
E a vida do agricultor
Mais difícil foi ficando.
                
Quando vemos as noticias
Na Tv,  Radio e Jornal
As ações desses Sem Terras
“Que só sabem quebra pau”
É o lugar de destaque
Na pagina, policial.
           
Na analise do conflito
Tento ser imparcial
Mas, eu fico indignado
Quando eu percebo o mal.
Criado pela partilha
Desta terra, desigual.
               
Se a terra se concentra
O agricultar vai migrando
E em barracos nas cidades
Eles vão se empilhando
E com o passar do tempo
Os problemas se agravando.
                
Os preços dos alimentos
Só tendem a aumentar
Pois os grandes latifúndios
Produzem pra exportar
Grãos  pra China e pra França
Para porco e galinha engordar.
             
                  
Nesse sistema complexo
Destaca-se uma contradição
O pequeno agricultor
Vende a sua produção
E só faz uma ferinha
Que cabe na palma da mão.
              
Pra resolver o problema
Tem que revolucionar
As terras das mãos da elite
É preciso tirar
Distribuindo igualmente
Para quem quer semear.
 
        
10°
Não basta apenas dar terras
É necessário investir.
Pois gente não come areia
Nem adianta insistir.
É necessário credito e apoio
Para poder produzir.
 
(Professor: Eriberto Pinto)
 
 
 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Geografando: Olhares do Mundo




  Assim vemos a Terra lá de cima       Assim  vemos a Terra aqui de baixo
 
 


Vejo o Mundo com outro Olhar, vejo mundo por cima dos planaltos e serras, vejo o mundo através dos satélites, vejo a terra “desvelada”, sem cortinas de paradigmas que tanto cegam e escondem a realidade. Vejo a terra de dois ângulos, lá de cima e aqui de baixo. Agora consigo perceber as injustiças e as desigualdades como uma relação de causas e consequências.
 
Tecnologias, guerras, terrorismo, mercados, favelização, população, fome, miséria, aquecimento global e etc. Esses e outros temas e conteúdos, foram-me apresentados, seguindo uma trajetória aparentemente sem “interesses” da maquina a Vapor ao Computador. Sem relação, sem contexto, sem “serventia”, foi assim que conheci a Geografia.
 
A nossa forma de ver e interpretar o mundo, é a forma como ele nos é mostrado. Existem interesses diversos em esconderem a realidade desse sistema como ele é, e nos mostrarem “outra realidade”. Uma realidade, maquiada e escamoteada tal como alguém quer nos fazer pensar que o mundo parece ser. Milton Santos (2001) discutindo sobre a globalização, ressaltou que essa, deveria ser percebida sobre três aspectos; Fabula, Perversidade Possibilidade.
 
A Geografia, a ciência que interpreta o Espaço, me possibilitou esse novo olhar sobre o mundo. Perceber as noticias e as propagandas como as fabulas da Globalização, entender a exclusão social como resultado Perverso da Globalização e indo mais adiante, enxergar nesse sistema a possibilidade de um mundo melhor. Tudo isso não seria possível, sem um olhar critico e analítico do espaço.
 
Certa vez, um Geógrafo escreveu: “Das Coisas Sem Serventia, Uma Delas é a Geografia”. Manuel Fernandes (2008), com seus escritos polêmicos, gerou muitas criticas e discussões entre seus colegas também professores da Universidade, que o acusavam de difamar a Geografia. A Geografia que esse Geógrafo falava, é a geografia que foi e ainda é mostrada nas salas de aula em todo o Brasil.
 
Yves Lacoste (1988) comenta a existência de duas geografias, uma “Geografia dos Professores” e uma “Geografia dos Estados Maiores”. A primeira muito simplória e enfadonha, já segunda não tão fácil de ser compreendida, daí ser um Espetáculo.
 
Não sei se foi da fonte da “Geografia Espetáculo” que bebi, só tenho a certeza de que não foi da fonte da Geografia simplória e nem tão pouco da geografia enfadonha. A Geografia que tomei, ou melhor, a Geografia que me tomou, me fez ver o mundo de outras formas. Sem neblina, sem cortinas, um mundo desvelado.
 
É essa Geografia que tenho tentando levar para a sala de aula, e não aquela disciplina massacrante e cheia de segredos e de interesses políticos e pessoais. Só não sei, até que ponto o nosso modelo de educação que é ditado pelos PCNs me permitirá. O certo é que continuo tentando, mesmo que seja sobre a censura do nosso retrógado sistema de ensino.
 
 
 
Por: Eriberto Pinto Moraes, Licenciado em Geografia -UERN. Professor Do Ensino Fundamental e Médio da Rede Privada De Ensino. E-mail: eripintto@yahoo.com.br ou eriberto-pinto@hotmail.com
 
REFERENCIAS:
 
LACOSTE, Yves. A Geografia – Isso Serve Em Primeiro Lugar, Para Fazer a Guerra. pirus, 1988.
 
SANTOS, Milton. Por Uma Outra Globalização; do pensamento único à consciência universal. 5. ed. Rio de Janeiro, Record, 2001.
 
SOUZA NETO, Manuel Fernandes de. Aula de geografia e algumas crônicas / Manuel Fernandes de Sousa Neto. 2ª edição. Campina Grande: Bagagem, 2008. 109p.