segunda-feira, 3 de junho de 2013

Latifúndio Miséria e Exclusão


Certa vez eu ouvi, em uma entrevista, do sociólogo Herbert José de Sousa (Betinho), que o Brasil é um país ocultista!

Eu converso que não entendi em um primeiro momento o que esse importante pensador quis dizer com o Brasil ser um país ocultista.

Ao passar pela disciplina de Geografia Agrária, eu tive acesso à outra versão dos movimentos dos trabalhadores rurais, MST, Sindicatos, Ligas e etc.

Na verdade cheguei muitas vezes a criticar as ações dos trabalhadores rurais, porque julgava que esses trabalhadores eram realmente um bando de “vagabundos”.

Ocorre que ao final da disciplina estava eu crente da importância da luta dos trabalhadores rurais no Brasil.

A imagem que eu tinha do MST, era a mesma que milhões de brasileiros têm. A imagem ditada pelo Estado e divulgada como verdade absoluta pela nossa mídia.

A final de contas que mal faz, alguém herdar de seus antepassados ou conquistar “honestamente” um pequeno latifúndio com alguns milhares de hectares de terra?

Hoje quando eu vejo alguns problemas sociais como; favelas, moradores de rua, o preço dos alimentos, a violência urbana etc.

Eu entendo porque O BRASIL É UM PAÍS OCULTISTA.
 
Resumo em alguns versinhos o problema do latifúndio no Brasil:
 
 
 

                
        
 
 
No Brasil a questão da terra
É um problema secular
E no estagio em que se encontra
É difícil solucionar
Pois quem tem um latifúndio
Não vai querer partilhar.
               
Analisando a História
Da nossa estrutura agrária
O Brasil foi dividido
Em capitanias hereditárias
Deram as terras para os nobres
Para os pobres as migalhas.
              
E daqueles tempos pra cá
Os problemas foram agravando
As terras nas mãos da elite
Foram se concentrando
E a vida do agricultor
Mais difícil foi ficando.
                
Quando vemos as noticias
Na Tv,  Radio e Jornal
As ações desses Sem Terras
“Que só sabem quebra pau”
É o lugar de destaque
Na pagina, policial.
           
Na analise do conflito
Tento ser imparcial
Mas, eu fico indignado
Quando eu percebo o mal.
Criado pela partilha
Desta terra, desigual.
               
Se a terra se concentra
O agricultar vai migrando
E em barracos nas cidades
Eles vão se empilhando
E com o passar do tempo
Os problemas se agravando.
                
Os preços dos alimentos
Só tendem a aumentar
Pois os grandes latifúndios
Produzem pra exportar
Grãos  pra China e pra França
Para porco e galinha engordar.
             
                  
Nesse sistema complexo
Destaca-se uma contradição
O pequeno agricultor
Vende a sua produção
E só faz uma ferinha
Que cabe na palma da mão.
              
Pra resolver o problema
Tem que revolucionar
As terras das mãos da elite
É preciso tirar
Distribuindo igualmente
Para quem quer semear.
 
        
10°
Não basta apenas dar terras
É necessário investir.
Pois gente não come areia
Nem adianta insistir.
É necessário credito e apoio
Para poder produzir.
 
(Professor: Eriberto Pinto)
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário